
Quando falamos de rendimento desportivo, é comum pensar nos atletas, nos equipamentos ou na tática de jogo. Mas há um fator muitas vezes ignorado — e que pode ter um impacto direto na performance: o tipo de pavimento.
A superfície onde o desporto é praticado afeta a velocidade, o ritmo e até o estilo de jogo. Cada modalidade tem as suas exigências, e o pavimento certo pode fazer toda a diferença.
No ténis: a superfície muda tudo
No ténis, o tipo de piso determina grande parte da dinâmica do jogo.
Relva: jogo rápido, com ressaltos baixos e imprevisíveis. Favorece jogadas curtas e serviços potentes.
Terra batida: mais lenta, com ressaltos altos e previsíveis. Permite trocas de bola mais longas e jogos de resistência.
Piso duro (acrílico): velocidade intermédia, ideal para um jogo equilibrado entre ataque e defesa.
Jogadores profissionais ajustam inclusive o seu estilo de jogo consoante o tipo de piso. E o mesmo aplica-se em contextos escolares e recreativos.
No futsal: controlo e aderência acima de tudo
No futsal, onde o espaço é reduzido e o ritmo é elevado, a aderência do piso é essencial. Um pavimento muito escorregadio compromete o controlo da bola e aumenta o risco de lesões. Já um piso demasiado aderente pode travar movimentos naturais e causar entorses.
O ideal é uma superfície com fricção equilibrada, que permita mudanças rápidas de direção sem comprometer a fluidez do jogo.

No basquetebol: ritmo, salto e mudança de direção
O basquetebol exige pisos com amortecimento adequado e ressalto uniforme da bola.
Num piso demasiado duro, o impacto pode sobrecarregar as articulações dos jogadores. Se for demasiado mole, prejudica o tempo de reação e o desempenho nos saltos.
Além disso, a uniformidade da superfície é essencial para garantir consistência no drible, nos lançamentos e nas movimentações rápidas.
No voleibol: estabilidade e conforto
No voleibol, a exigência recai sobre a capacidade de impulsão e de aterragem. O pavimento deve oferecer amortecimento eficiente, mas sem perder a estabilidade.
Isto é crucial tanto em jogos de alta competição como em contextos escolares, onde prevenir lesões é uma prioridade.
Conclusão: o piso molda o jogo
Seja em contextos profissionais, escolares ou recreativos, a escolha do pavimento deve acompanhar as exigências da modalidade praticada.
Um piso bem selecionado melhora o desempenho, reduz lesões e torna o jogo mais fluido e prazeroso. Afinal, o desporto não é apenas jogado com os pés ou com as mãos — também é influenciado por aquilo que está debaixo deles.